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Sobre o Amor

“Amar e ser amado” é um anseio inerente ao ser humano ou uma invenção cultural? Certamente, a resposta a essa indagação depende de como definimos a palavra “amor”.

Amor é desejo, apego, ternura, encantamento, sensualidade... Amor é admiração, respeito, cuidado, comprometimento... Amor é, simplesmente, tudo de bom.

Acontece que existe o “outro lado da moeda”, aqueles impulsos e sentimentos desconfortáveis, frutos e geradores de conflitos. O amor romântico, idílico e idealizado resulta de fantasias inconscientes e é alimentado pela cultura, dando origem às nossas desilusões. Ou melhor: às nossas des/ilusões. Desmanchadas as ilusões, corremos o risco de nos defrontarmos com o “nada”, com o vazio” ou, pior ainda, de nos sentirmos traídos, cheios de ódio e ressentimento, cobrando por algo que não faz parte das realidades possíveis.

Amor pressupõe reconhecimento e respeito à alteridade – ou seja, ao “outro” enquanto um ser separado, independente, com crenças e valores, ideias e ideais que em nem tudo coincidem com os nossos. Diferenças e, inclusive, divergências fazem parte de um vínculo saudável, ainda que as afinidades sejam também muito importantes. Enquanto estas unem e fortalecem, aquelas enriquecem a ambos os parceiros, em sua individualidade e em sua parceria. Afinal, quão pobre seria o mundo, se todos fossem iguais!

Assim, a atração mútua, seguida pela construção de um vínculo forte e saudável depende da adesão entre dois “eus” diferentes, decididos a investir em si mesmos e no relacionamento. Vale o mesmo para todas as sociedades humanas. Esse é um processo complexo, desafiador, bonito e gratificante. Passa por momentos críticos, o que é próprio do ciclo vital, sob todos os seus aspectos. Qual o atleta ou o profissional, por exemplo, que não teve seus momentos difíceis? O que torna tão veemente o grito de “gol”? Assim é a vida...

Muitos casais, na atualidade, têm descoberto a riqueza que pode ser uma terapia de casal, que consiste em um momento diferenciado, no qual ambos os parceiros se reúnem com seu terapeuta, para cultivarem ainda mais e melhor sua própria intimidade, superando alguns conflitos e fortalecendo elos. Este é um espaço para encontros e reencontros que, seguramente, faz a diferença na vida de muitas pessoas dispostas a investirem na vida a dois.

Iara L. Camaratta Anton

Psicoterapeuta individual e de casais


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